CONDILOMA (HPV)
Representa uma lesão decorrente da infecção causada pelo chamado papiloma vírus humano (HPV). Este representa um grupo com mais de 100 tipos de vírus conhecidos. Um quinto destes vírus leva a lesões presentes na genitália com potencial de desenvolvimento de verrugas dos mais diferentes tipos de formatos e câncer genital. É possível inclusive, que um paciente tenha mais de um tipo de vírus. As lesões podem surgir após um período de incubação variado, podendo levar até 20 meses.
Clinicamente se apresentam como verrugas de diferentes formatos e tamanhos, comprometendo diferentes partes do pênis, bem como o púbis e a região perianal. Na mulher toda a genitália externa pode estar comprometida, incluindo vulva, períneo, região perianal, colo e vagina. Regiões extra-genitais como boca, nariz, laringe e conjuntiva podem ser afetadas. Em geral as lesões são assintomáticas.
O diagnóstico é clínico. Raramente é indicado o exame anatomopatológico.
O objetivo do tratamento é a remoção completa das lesões. Uma parte das lesões pode desaparecer sem tratamento. Na maioria dos casos, um tratamento inadequado ou parcial, pode deixar lesões ativas e com potencial de retorno. Os tratamentos mais importantes disponíveis compreendem o uso de ácido tricloroacético, crioterapia, podofilina, imiquimod, eletrocoagulação e retirada cirúrgica. A escolha da melhor opção terapêutica deve ser feita pelo dermatologista, e desta maneira, diminuir o risco de retorno ou complicações ligadas a estas lesões. Durante o tratamento, com a presença das verrugas genitais, deve ser evitado o contato sexual e avaliar a presença de outras DST. Após o desaparecimento das lesões deve ser feita a vigilância com relação a recidiva de novas lesões. Nas mulheres, em virtude da maior possibilidade de cancerização, especialmente no colo uterino, tem a necessidade de manterem acompanhamento ginecológico.
A vacina contra algumas formas de HPV trouxe uma forma de prevenção contra o câncer de colo uterino e vulva e já esta disponível na rede pública. O Ministério da saúde recomenda duas doses de vacinas com intervalos de 6 meses para meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 12 e 13 anos.
