É possível aumentar meus níveis de vitamina D com bronzeamento artificial?

                A resposta é não, e tão pouco é mais seguro que a exposição ao ar livre. Entender isto é muito importante para evitar problemas no futuro. Tanto a radiação ultravioleta A (UVA) quanto a radiação ultravioleta B (UVB) podem causar danos celulares capazes de levar ao câncer de pele. Na exposição por bronzeamento artificial, em que atua primordialmente a UVA e que atinge mais profundamente a superfície da pele, causando danos nestas células e levando ao envelhecimento precoce da pele. No entanto é a UVB, e não a UVA que auxilia a pele a produzir vitamina D, ou seja, se aumenta o risco de câncer de pele sem trazer nenhum benefício.

                Mesmo com a premissa de “doses controladas” de radiação UV, isto representa uma dose perigosa. As sucessivas seções de bronzeamento com lâmpadas de alta pressão ao longo de um ano aumenta muito a quantidade de radiação recebida, considerando a exposição solar. Se constata, que a dano causado nas células por 10 minutos de bronzeamento artificial, equivalem ao dano causado por 10 minutos de exposição ao sol de verão no Mediterrâneo.

                Por esta razão se acredita que a primeira exposição ao bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta o risco de melanoma em 75%. Também tem uma chance 2,5 vezes maior de desenvolver carcinoma escamoso e 1,5% maior de desenvolver carcinoma basocelular, os dois tumores de pele mais comuns. Alem de aumentar o risco de câncer de pele, acelera o envelhecimento cutâneo e manchas escuras na pele e também enfraquece o sistema imune.

                Não há dúvidas que a vitamina D seja essencial para fortalecer os ossos e o sistema imune. Adultos podem obter sua dose diária de vitamina D de forma segura com alimentos, óleo de peixe e cereais ou de uma forma mais fácil através de suplementos disponíveis abundantemente.

Dra. Deborah S. Sarnoff. Skin Cancer Foundantion.